Condição respiratória não deve impedir a prática de atividade física
O pneumologista Mauro Gomes, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, reforça que a prática regular de exercícios traz ganhos importantes, especialmente para asmáticos: “A atividade física melhora a condição cardiopulmonar, diminui a chance de crises e promove uma respiração mais eficiente. Além disso, contribui para o controle dos sintomas ansiosos e melhora a qualidade de vida.”
No entanto, é fundamental estar atento às condições do ambiente. Dias com baixa umidade do ar ou altos níveis de poluição podem desencadear crises asmáticas. Para evitar esses gatilhos, o profissional sugere práticas simples e eficazes: “O uso de máscaras ou lenços durante os exercícios ao ar livre ajuda a aquecer e umidificar o ar inalado, protegendo as vias respiratórias do ressecamento.”
Além disso, o aquecimento antes da atividade é indispensável. “Dedicar cerca de 10 minutos para preparar o corpo gradativamente é essencial para ajustar o fluxo de ar nas vias respiratórias e evitar o choque térmico. Do mesmo modo, desacelerar gradualmente após o exercício também auxilia no controle da respiração”, recomenda.
Para garantir ainda mais segurança, o acompanhamento médico é indispensável. Durante a consulta, o pneumologista pode prescrever medicamentos adequados, como broncodilatadores de uso preventivo, além de traçar um plano de ação para evitar a Asma Induzida por Exercício (AIE), uma condição que provoca obstrução das vias aéreas após atividades intensas.