quarta-feira, outubro 8, 2025
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Defesa Civil avalia que primeiro semestre não deve ter eventos climáticos extremos no RS

Novos períodos de calor devem ocorrer, mas não tão forte como o atual

A meteorologista Cátia Valente apresentou as perspectivas para o primeiro semestre de 2025 e revelou que a condição climática para o outono é bastante diferente de 2024 

Defesa Civil do Rio Grande do Sul apresentou ao governador Eduardo Leite, a perspectiva climática no Estado para os próximos meses. Com base nos dados disponíveis até o momento, a tendência é de que não ocorram eventos meteorológicos extremos no primeiro semestre deste ano, ao contrário do que aconteceu em 2024. Os prognósticos apontam para uma configuração de condições climáticas típicas – ou seja, dentro da normalidade climática – entre março e agosto de 2025.

A análise, apresentada pela meteorologista Cátia Valente, do Centro de Operações da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, foi feita a partir de estudos de diversos institutos internacionais de meteorologia. A reunião, que ocorreu na sede do órgão, em Porto Alegre, também contou com a presença do chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil Estadual, Luciano Boeira.

“Observando-se as condições do Oceano Pacífico, que é o regulador do clima global, percebe-se que há uma transição para um quadro de neutralidade. Desse modo, a perspectiva é de que se tenha, para o outono que se aproxima, uma condição climática bastante diferente do ano passado, quando estávamos sob a influência de um El Niño, com intensidade variando entre moderado e forte”, afirmou Cátia.

No outono, chegarão as frentes frias que trazem chuvas e, com o passar dos dias, as massas de ar polar, que carregam o ar mais frio. “Em cada localidade, há fatores específicos, que ganharão predominância nesse período. Poderão acontecer chuvas pontualmente fortes, temporais localizados, alternados por dias frios e ensolarados e, até mesmo, quentes. Ou seja, poderão ocorrer eventos meteorológicos que resultem em transtornos com algum grau de severidade, mas não de forma extrema e generalizada como em 2024”, acrescentou a meteorologista.

Em relação às altas temperaturas que vêm afetando o Estado, a especialista explicou que, ainda que ocorram períodos quentes, não há previsão, a curto prazo, de uma onda de calor tão forte como a atual. Além disso, embora as previsões, neste momento, não indiquem a possibilidade de eventos extremos, a Defesa Civil do Estado seguirá realizando um monitoramento constante, pois pode haver alterações, geradas, principalmente, pelo aquecimento do Oceano Atlântico, que é um importante regulador do clima e exerce grande influência sobre o Rio Grande do Sul.

“A Defesa Civil realiza um monitoramento contínuo, 24 horas por dia, 7 dias por semana, com o objetivo de manter a população constantemente informada. Reafirmamos nosso compromisso em aprimorar progressivamente os serviços e ações de prevenção a desastres”, ressaltou Boeira.

Fortalecimento da Defesa Civil

Durante o encontro, Leite também recebeu atualizações sobre o andamento dos projetos de qualificação da Defesa Civil, visto que há diversas ações em andamento.

“Diante dos desafios que enfrentamos, temos revisitado nossos métodos, ferramentas e estrutura. Estamos avançando no reforço do efetivo da Defesa Civil, na implantação do Centro Estadual de Gestão Integrada de Riscos e Desastres (Cegird) e no emprego de novas tecnologias. Queremos dar novos passos, também, na cultura de prevenção e resiliência”, destacou o governador.

Por meio do Plano Rio Grande, serão destinados mais de R$ 550 milhões para aprimorar os serviços da Defesa Civil estadual. Nos próximos meses, serão abertos os editais de licitação para construção do Cegird e de nove Centros Regionais de Proteção e Defesa Civil no interior do Estado.

As ações abrangem, também, melhorias no sistema de monitoramento, modernização de equipamentos, reforço do corpo técnico e da infraestrutura, expansão da capacidade logística, ampliação da frota, dentre outras evoluções significativas. A Defesa Civil também vem realizando capacitações para os municípios gaúchos sobre gestão de riscos e desastres, além de desenvolver protocolos de emergência, junto com a Secretaria da Reconstrução Gaúcha.

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