🎙🎙AGORA!!
📻📻Prefeitos de Gravataí, Caxias do Sul, Santa Maria e Viamão se preparam para seguir Eduardo Leite rumo ao partido de Gilberto Kassab.
A tendência é a de que o PSDB perca para o PSD o comando das quatro maiores cidades em que elegeu prefeitos em 2024. Em Gravataí, o prefeito Luiz Zaffalon já confirmou publicamente que seguirá o governador Eduardo Leite para o PSD: “Gosto muito do governador Eduardo Leite e prometi que para onde ele fosse eu iria junto”, declarou.
Em Caxias do Sul, fontes afirmam que o prefeito Adiló Didomenico está entre aqueles que vão migrar para o partido de Gilberto Kassab, embora ele não fale publicamente sobre o assunto. O mesmo acontece com os prefeitos de Santa Maria, Rodrigo Décimo, e de Viamão, Rafael Bortoletti.
Ambos não cravam a saída, mas assumem o desejo de acompanhar Leite no PSD, e, nos bastidores, a ida é dada como certa.
Além disso, outros três prefeitos também estariam com as malas prontas: de Estação, Geverson Zimmermann; o de São Jerônimo, Julio Cesar Prates Cunha; e de Vista Alegre, Rudinei Bridi. Se confirmada as migrações, o PSDB deve perder, de uma só vez, seis municípios para o PSD.
Na contramão do cenário nacional, o PSDB gaúcho teve um bom desempenho no Rio Grande do Sul nas eleições de 2024. Com 35 prefeitos eleitos, em questão numérica, o partido ficou atrás apenas de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, que elegeram 59 e 43 prefeitos respectivamente. Além disso, a sigla conquistou duas das cinco cidades gaúchas com o maior eleitorado: Caxias do Sul e Santa Maria.
Livre das amarras da janela partidária, as filiações de parte desses gestores irá ocorrer em um ato do PSD, que contará com a presença do presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, em 30 de agosto. No evento também deve se comemorar o ingresso daquele que é apontado como propulsor das saídas, Eduardo Leite.
Após anos no PSDB, Leite migrou de partido em março deste ano, com o objetivo de ser candidato à Presidência da República. No Rio Grande do Sul, o PSD tem pouca expressão, em contraste com o cenário nacional – o partido de Gilberto Kassab foi o que mais conquistou municípios no pleito de 2024, com 887 prefeitos eleitos em todo país. No Rio Grande do Sul, contudo, só elegeu 12.
Para inflar o partido, Leite recorreu aos seus aliados. Entre eles o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, que, semanalmente, tem se reunido com gestores e lideranças a fim de atrair novos nomes. O governador foi conduzido à presidência do partido no Estado, e Lemos é um dos integrantes da executiva.
A candidatura de Leite à Presidência, porém, ainda não é certa, visto que Kassab se comprometeu a apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, caso ele assuma o posto do ex-presidente Jair Bolsonaro e seja o candidato da direita. Além disso, o secretário mantém um pé no governo Lula, ocupando ministérios.
Essa imprecisão quanto ao futuro de Leite é um fator que conta na balança dos prefeitos, cada qual com a sua demanda. Em Viamão, por exemplo, Bortoletti só migrará se for junto do seu vice, Marciel Fauri, que deve concorrer a deputado estadual no próximo ano.
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Comando tucano tenta atrair novos nomes
A presidência do PSDB tenta amenizar o possível desfalque. Em conversas com vereadores e deputados, o presidente do partido, Marconi Perillo tem falado em ampliar as lideranças dentro da sigla, mesmo que isso signifique um partido menor.
No Rio Grande do Sul, a presidente estadual, Paula Mascarenhas, afirma que também tem feito movimentos a fim de diminuir as dissidências e atrair novos nomes. Entre aqueles que já estavam de saída marcada, mas agora reavaliam, está o deputado federal Daniel Trzeciak.
Além disso, Paula foi lançada como pré-candidata ao Piratini em ato do PSDB no último domingo, movimento que, acredita a presidente, também deve servir para unificar o partido. Na próxima semana, ela vai a Brasília conversar com Perillo para, entre outros motivos, entender quais serão os movimentos do partido nacionalmente.
Aliada próxima de Leite e recém indicada para comandar a secretaria extraordinária de Relações Institucionais, a tucana promete que não deve deixar o partido e defende, ao menos por ora, a sua candidatura como a de situação – ainda que o vice-governador, Gabriel Souza (MDB), seja o candidato natural, visto que pode assumir o governo em março, com a provável renúncia de Leite.
“O PSDB sempre esteve na base do governo e esse governo tem a visão e os princípios do PSDB. É coerente estarmos no grupo de situação e trabalharmos para reeleger esse projeto”, afirmou a presidente.
Paula também afastou a possibilidade de uma interferência da executiva nacional no partido. “Isso não saiu do presidente, com quem eu converso semanalmente e tenho uma relação de muita transparência e respeito. São ilações de um eventual grupo que não está muito satisfeito, são pessoas que não querem fortalecer o PSDB”.
Fonte e foto: Correio do Povo