Fatos históricos do dia 20 de fevereiro

Eventos 1255 — O rei Afonso III de Portugal doa os castelos de Ayamonte e Cacela para o Mestre da Ordem de Santiago, D. Paio Peres Correia. 1464 — Bragança é elevada à categoria de cidade. 1547 — Eduardo VI é coroado Rei da Inglaterra. 1653 — Termina a Batalha de Portland na Primeira Guerra Anglo-Holandesa. 1725 — O primeiro caso registado de escalpelização de um índio por brancos dá-se na colônia de New Hampshire. 1777 — Chegada, na enseada de Canasvieiras (Santa Catarina), de uma esquadra castelhana com 10 mil homens, determinada a recuperar aquelas terras no sul brasileiro. 1796 — Fundação dos condados de Jefferson e Lincoln. 1827 — Guerra da Cisplatina: inicia-se a Batalha do Passo do Rosário. 1832 — Charles Darwin visita Fernando de Noronha. 1833 — Fundação do Condado de Champaign. 1835 — A cidade chilena de Concepción é destruída por um terramoto. 1909 — Publicação do Manifesto Futurista na revista francesa Le Figaro. 1933 — Adolf Hitler se reúne secretamente com industriais alemães para conseguir financiamento para a próxima campanha eleitoral do Partido Nazista. 1962 — Programa Mercury: a bordo da Mercury-Atlas 6, John Glenn torna-se o primeiro americano a orbitar a Terra, fazendo três órbitas em quatro horas e 55 minutos. 1965 — Ranger 8 choca-se contra a superfície lunar, depois de uma missão bem sucedida de fotografar possíveis locais de pouso para os astronautas do Programa Apollo. 2003 — Durante um concerto da banda Great White em West Warwick, Rhode Island, uma exibição de pirotecnia provoca um incêndio no The Station Nightclub, matando 100 pessoas e ferindo mais de 200 outras. 2010 — Aluvião na ilha da Madeira provoca uma das maiores catástrofes de sempre em Portugal, com 42 mortos e centenas de feridos e desalojados. 2013 — NASA descobre o menor exoplaneta, o Kepler-37b. 2017 — Nações Unidas e Sudão do Sul declaram estado de carestia no país. Nascimentos 1726 — William Prescott, militar norte-americano (m. 1795). 1784 — Adam Black, editor britânico (m. 1874). 1810 — Louise Rosalie Allan-Despréaux, atriz francesa (m. 1856). 1829 — Odo Russell, diplomata e embaixador britânico (m. 1884). 1835 — Alessandro D’Ancona, escritor, crítico literário, político italiano (m. 1914). 1844 — Ludwig Boltzmann, físico austríaco (m. 1906). 1882 — Nicolai Hartmann, filósofo alemão (m. 1950). 1888 — Georges Bernanos, escritor francês (m. 1948). 1898 — Francisco Matarazzo Sobrinho, industrial, político e mecenas ítalo-brasileiro (m. 1977). 1901 — Louis Kahn, arquiteto norte-americano (m. 1974). 1902 — Ansel Adams, fotógrafo norte-americano (m. 1984). 1912 — Pierre Boulle, escritor francês (m. 1994). 1922 — Ivani Ribeiro, novelista brasileira (m. 1995). 1925 — Robert Altman, ator norte-americano (m. 2006). 1927— Sidney Poitier, ator norte-americano. 1944 — Cristovam Buarque, político e acadêmico brasileiro. 1966 — Cindy Crawford, modelo e atriz americana. 1967—  Kurt Cobain, cantor, compositor e músico estadunidense (m. 1994). 1988 — Rihanna, cantora barbadiana. 1989 — Jack Falahee, ator norte-americano. 1990 — Ciro Immobile, futebolista italiano. 2003 — Olivia Rodrigo, atriz e cantora americana. Falecimentos 1618 — Filipe Guilherme, Príncipe de Orange (n. 1554). 1790 — José II, Sacro Imperador Romano-Germânico (n. 1741). 1830 — Robert Anderson escritor e crítico literário britânico (n. 1750). 1871 — Paul Kane, pintor irlando-canadense (n. 1810). 1895 — Frederick Douglass, abolicionista norte-americano (n. 1818). 1907 — Henri Moissan, químico francês (n. 1852). 1916 — Klas Pontus Arnoldson, escritor, jornalista e político sueco (n. 1844). 1920 — Robert Peary, explorador e geógrafo norte-americano (n. 1856). 1935 — Antônio Geremário Teles Dantas, político, jornalista e escritor brasileiro (n. 1889). 1993 — Ferruccio Lamborghini, construtor de automóveis italiano (n. 1916). 1996 — Toru Takemitsu, compositor japonês (n. 1930). 2003 — Maurice Blanchot, escritor e crítico literário francês (n. 1907). 2005 — Hunter S. Thompson, jornalista e escritor norte-americano (n. 1937). 2009 — Sérgio Naya, empresário e político brasileiro (n. 1942). 2014 — Mário Travaglini, futebolista e treinador de futebol brasileiro (n. 1932). 2020 — Joaquim Pina Moura, ministro da Economia e Tesouro de Portugal e deputado (n. 1952).

Deputado quer barrar viagens de ministros do governo ao exterior durante situações de crise

Presença exigida O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) quer impedir que ministros permaneçam fora do país durante períodos de calamidade pública, estado de emergência ou situações de grande relevância que afetem diretamente suas respectivas áreas de competência. Um projeto de lei do parlamentar que tramita na Câmara prevê que, em contextos do gênero, as lideranças ministeriais deverão retornar imediatamente ao Brasil para coordenar a mitigação dos eventuais problemas, ainda que estiverem em viagem oficial no exterior. “A ideia é desestimular a negligência e assegurar que as autoridades tratem com prioridade máxima a gestão de crises nas respectivas áreas de competência”, explica o parlamentar. Pente-fino nos pedágios Retomando os trabalhos da Comissão de Economia da Assembleia gaúcha nesta quarta-feira, o presidente do colegiado, Gustavo Victorino (Republicanos), cobrou do Ministério Público e de entidades fiscalizadoras competentes a realização de um “pente-fino” nas concessões de pedágios, com o objetivo de analisar a lisura dos contratos. Crítico às tarifas exorbitantes de pedágios no Brasil, o deputado afirma que o único a construir rodovias no país é o poder público, que posteriormente entrega as estruturas à iniciativa privada, da qual recebe uma manutenção “cada vez mais precária”. Apesar das queixas sobre o modelo, Victorino destaca que a precificação das concessionárias está dentro da lei, atribuindo os problemas do contexto aos autores dos editais e contratos, aos quais solicita a devida responsabilização. Trabalhos retomados A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos do Parlamento estadual iniciou nesta quarta-feira as atividades de 2025, sob a presidência do deputado Adão Pretto Filho (PT). Na primeira reunião do ano, o colegiado acolheu denúncias de assédio sexual, LGBTfobia e perseguição, além de relatos de denúncias de racismo em câmara de vereadores e casos de impedimentos da Brigada Militar à atuação de guardadores de carros no entorno da Arena do Grêmio, em Porto Alegre. Abrindo os trabalhos do grupo, Pretto destacou a importância do espaço legislativo como instrumento de consolidação da democracia e de reconhecimento das fragilidades trazidas pela população, e anunciou que terá o combate à violência contra a mulher dentre as temáticas principais de seu comando à frente da comissão. Modernização agrícola Instituído nesta quarta-feira pelo Ministério da Agricultura, o Programa Nacional de Modernização e Apoio à Produção Agrícola propõe o impulsionamento do setor agropecuário do país através do incentivo à mecanização do segmento. A iniciativa avançará com a aquisição e doação de máquinas e equipamentos agrícolas em redes e parcerias com organizações públicas e privadas, destinados a agricultores elegíveis que apresentarem diagnóstico que demonstre a demanda específica por maquinário, considerando o perfil agrícola da região, a extensão da área rural e a condição das estradas vicinais. A ação contará com um termo de compromisso e de doação que assegura a utilização dos equipamentos exclusivamente para os objetivos do Promaq, garantindo que as máquinas serão utilizadas em conformidade com práticas agrícolas sustentáveis e com as normas ambientais. Segurança animal A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa recebeu nesta quarta-feira o defensor público Guilherme Henrique Mariani de Souza, no período de Assuntos Gerais, para falar sobre possíveis medidas de mitigação de mortes de animais silvestres nas rodovias gaúchas. O advogado solicitou atenção do Legislativo estadual à questão, relatando que iniciativas para evitar acidentes praticamente inexistem, mesmo em estradas onde são realizados investimentos. Solicitando apoio dos deputados gaúchos para reverter a situação, Mariani requereu a realização de uma audiência pública na Casa para debater a temática. Bruno Laux

Em reunião fechada, Bolsonaro fala sobre chances de fugir do Brasil

Em reunião com aliados na manhã dessa quarta-feira (19), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou sobre a possibilidade de deixar o Brasil antes de ser condenado pelo STF no inquérito do golpe. Segundo participantes do encontro, Bolsonaro falou pouco. Em sua rápida manifestação, ele evidenciou sua inocência e disse que, se tivesse feito algo, já teria procurado asilo, por exemplo, na Argentina ou nos Estados Unidos. Bolsonaro, entretanto, prometeu não fugir do Brasil. Ele disse que continuará defendendo sua inocência no STF, ciente de que sempre “jogou dentro das quatro linhas”, apesar de isso ter “desagradado” a alguns aliados. Para bolsonaristas, a denúncia contra Bolsonaro seria um “jogo de cartas marcadas”, independentemente da defesa. A aposta é de que a Primeira Turma do STF, onde o inquérito será julgado, deverá condenar o ex-presidente. Pedido Na reunião, Bolsonaro também fez alguns pedidos aos aliados. O primeiro deles foi para que concentrem suas presenças na manifestação do dia 16 de março no Rio de Janeiro, e não em outras cidades. O outro pedido foi para deixar o “fora Lula” para outra ocasião. O objetivo é que os discursos nos trios elétricos na orla de Copacabana se concentrem no projeto de anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro. Reunião A reunião de Bolsonaro com aliados ocorreu no apartamento funcional do líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), em Brasília, e contou com a presença de diversos parlamentares. O encontro ocorreu um dia após a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviar ao STF a denúncia contra o ex-presidente da República e outras 33 pessoas no inquérito do golpe. Postagem O ex-presidente Jair Bolsonaro utilizou uma rede social nessa quarta para comentar a denúncia apresentada contra ele e outras 33 pessoas pela Procuradoria-Geral da República, na qual o político do PL é apontado como líder de uma organização criminosa golpista. Na postagem, Bolsonaro fala em “acusações vagas” e diz que as denúncias que pesam contra ele são “fabricadas”. O ex-presidente também afirma que o “mundo está atento ao que se passa no Brasil”. “O truque de acusar líderes da oposição democrática de tramar golpes não é algo novo: todo regime autoritário, em sua ânsia pelo poder, precisa fabricar inimigos internos para justificar perseguições, censuras e prisões arbitrárias”, afirma o ex-presidente. As informações são da coluna de Igor Gadelha, do portal Metrópoles.

Mega-Sena pode pagar R$ 105 milhões nesta quinta-feira

O concurso 2.831 da Mega-Sena pode pagar R$ 105 milhões nesta quinta-feira (20), segundo a Caixa Econômica Federal. O sorteio ocorre às 20h, em São Paulo. As apostas podem ser feitas até as 19h nas agências lotéricas ou pela internet. O bilhete mínimo, com seis números, custa R$ 5. Se um apostador faturar o prêmio principal sozinho e aplicar o dinheiro na poupança, receberá cerca de R$ 600 mil em rendimentos no primeiro mês. O último concurso da Mega-Sena, realizado na noite de terça-feira (18), na capital paulista, não teve ganhador. Os números sorteados foram: 01, 28, 34, 36, 51 e 52.

Tribunal de Justiça gaúcho ganha mais tempo para se adequar às novas regras sobre julgamentos virtuais

O TJRS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul) ganhou mais tempo para se adequar à Resolução número 591/2024, do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que dispõe sobre as regras para o julgamento de processos em sessões virtuais. A medida entrou em vigor no dia 3 deste mês em todo o País. O pedido do TJRS foi deferido pelo presidente do CNJ e do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso. As adequações de sistemas e normas internas pelo tribunal gaúcho devem ocorrer em até 180 dias. A decisão também permitiu a ampliação para outros tribunais, mas com prazos diferenciados para adaptação. Sessões virtuais Atualmente, nas sessões virtuais, os votos proferidos pelos magistrados são conhecidos no encerramento das mesmas. A partir da nova resolução, será possível acompanhar em tempo real a votação, com acesso aos votos do relator e dos demais magistrados que participam do julgamento.

Câmara dos Deputados aprova punição para quem divulgar imagens de nudez geradas por inteligência artificial

A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (19) o projeto de lei que inclui no Código Penal o crime de manipular, produzir ou divulgar conteúdo de nudez ou ato sexual falso gerado por inteligência artificial e outros meios tecnológicos. O texto segue para o Senado. Segundo a proposta, o crime pode ser punido com pena de dois a seis anos de prisão e multa, se o fato não constituir crime mais grave. A pena será maior se a vítima for mulher, criança, adolescente, idosa ou pessoa com deficiência. Quando houver disseminação em massa por meio das redes sociais ou plataformas digitais, a pena será aumentada de um terço ao dobro. O projeto também inclui no Código Eleitoral o crime de uso de imagens manipuladas em campanhas eleitorais envolvendo candidatos. Haverá o mesmo aumento da pena quando a ofendida for mulher, pessoa com deficiência ou idosa. Quando a conduta for praticada por candidato, além das penas previstas, será imposta a cassação do registro da candidatura ou do diploma.

Vigilância Sanitária interdita indústria de produtos de limpeza na zona norte de Porto Alegre

Local não possuía alvará de funcionamento e apresentava instalações insalubres Uma indústria localizada no bairro Navegantes, na zona norte de Porto Alegre, foi interditada nesta quarta-feira (19). Conforme a Vigilância Sanitária, o local não possuía alvará de funcionamento, além de apresentar instalações precárias e insalubres. Segundo o chefe da equipe de Vigilância de Serviços e Produtos de Interesse à Saúde de Porto Alegre, Alexandre Almeida, a empresa que fabrica produtos para limpeza e conservação de ambientes possui histórico de irregularidades. A situação estava sendo acompanhada há anos.   A reportagem tentou contato com a indústria, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.

Escolas de samba de Canoas dizem que prefeitura vetou enredos sobre religiões de matriz africana, negros e LGBT+ no Carnaval

Prefeitura emitiu nota na qual diz ser “comprometida em governar para todos os canoenses” e que “preza pela liberdade, o que inclui a livre manifestação artística, cultural e religiosa no Carnaval” A Federação Nacional das Escolas de Samba (Fenasamba) denunciou uma suposta proibição de enredos relacionados às religiões de matriz africana, aos negros e à comunidade LGBT+ no Carnaval de Canoas, na Região Metropolitana. O tema gerou polêmica nas redes sociais nesta quarta-feira (19). Segundo o texto da Fenasamba, publicado na terça (18), a determinação teria sido repassada pelo secretário municipal de Cultura e Turismo de Canoas, Wolmar Pinheiro Neto, durante reunião com a Associação das Escolas de Samba da cidade (Aesc). No encontro, a prefeitura teria comunicado que cederia o Parque Eduardo Gomes para a realização dos desfiles, em abril, mas sem recursos públicos. Segundo Daniel Scott, vice-presidente e diretor de Carnaval da Aesc, a reunião em que houve a suposta exigência aconteceu para tratar, inicialmente, sobre o financiamento dos desfiles. — Foi quando ele fez essa exigência, de que ia ficar muito difícil aceitar enredos que fossem relacionados a religiões afro, orixás, povo negro, movimento LGBTQIA+ — afirmou Scott ao portal g1. Em nota, a Fenasamba criticou a proibição dos temas e afirmou que “tal atitude, além de revelar um inaceitável preconceito e intolerância religiosa, é crime, tipificado no artigo 208, do Código Penal Brasileiro”. O artigo mencionado estabelece penas de um a três anos e multa para aquele que “escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”. Na mesma nota, a entidade nacional se colocou à disposição das escolas do município para formalizar uma denúncia no Ministério Público contra a atitude do secretário, caracterizada por ela como “criminosa e preconceituosa”. O que diz a prefeitura Procurada pela reportagem, a prefeitura de Canoas emitiu uma nota na qual afirma que “a Administração Municipal se colocou à disposição para apoiar a realização das festividades com a cedência do Parque Esportivo Eduardo Gomes”. Além disso, o texto também diz que “o prefeito Airton Souza ressalta ainda que a atual gestão da Prefeitura é comprometida em governar para todos os canoenses e preza pela liberdade, o que inclui a livre manifestação artística, cultural e religiosa no Carnaval”. Veja a nota na íntegra: “A Prefeitura de Canoas informa que, embora não seja possível destinar recursos públicos ao Carnaval em 2025, devido às necessidades urgentes de investimentos na área da Saúde, a Administração Municipal se colocou à disposição para apoiar a realização das festividades com a cedência do Parque Esportivo Eduardo Gomes. O prefeito Airton Souza ressalta ainda que a atual gestão da Prefeitura é comprometida em governar para todos os canoenses e preza pela liberdade, o que inclui a livre manifestação artística, cultural e religiosa no Carnaval.”

Sete indícios que levaram a polícia e o MP a apontar a mãe como suspeita de matar gêmeas em Igrejinha

Manuela e Antonia Pereira, seis anos, morreram com intervalo de oito dias de diferença. Gisele Beatriz Dias, 43 anos, é ré pelos assassinatos das filhas, mas perícia não apontou causa da morte As irmãs Manuela e Antonia Pereira nasceram em 30 de julho de 2018 e morreram com apenas oito dias de diferença, dentro da casa onde viviam com os pais, em Igrejinha, no Vale do Paranhana. As mortes, em circunstâncias semelhantes, levaram à suspeita de que as duas pudessem ter sido vítimas do mesmo crime. A mãe, Gisele Beatriz Dias, 43 anos, está presa e se tornou ré pelos assassinatos das meninas — a mulher nega que tenha matado as crianças. Foi a morte de Antonia, em 15 de outubro do ano passado, que fez a polícia suspeitar que pudesse estar diante de um crime. Em 7 de outubro, Manuela havia morrido, e teve a causa apontada como hemorragia pulmonar. As meninas viviam com a mãe e o pai, Michel Persival Pereira, 43 anos, no bairro Morada Verde. Desde o início, uma das principais suspeitas era de envenenamento, apontado inclusive pela equipe médica como uma possibilidade. O pai das gêmeas foi ouvido no inquérito como testemunha, não sendo considerado suspeito. Ainda em outubro, a Polícia Civil apontou que ele mantinha relacionamento afetuoso e comprometido com o bem-estar das filhas. Já a mãe, devido ao histórico e por ser, segundo a apuração, a última a estar com as filhas, passou a ser investigada como principal suspeita. Gisele foi presa em outubro, vindo a ser indiciada e denunciada ainda em dezembro. A polícia optou por concluir o indiciamento antes da conclusão das perícias. No entanto, as análises realizadas pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) não identificaram, entre centenas de substâncias testadas, veneno ou medicamento que pudesse ter provocado a morte das irmãs. A acusação sustenta que Gisele pode ter sufocado as filhas, usando algum objeto macio, como um travesseiro, ou mesmo saco plástico, por exemplo. Nesta semana, o Tribunal de Justiça negou o pedido de soltura de Gisele. Em sua análise, a desembargadora Viviane de Faria Miranda, relatora do pedido, afirmou que, embora não tenha sido identificada substância que possa ter causado a morte das meninas, existem outros elementos e provas que devem ser considerados. Zero Hora elencou sete pontos indicados pela investigação da Polícia Civil e pela acusação, realizada pelo Ministério Público, que levaram a mãe a se tornar suspeita do crime. A reportagem também ouviu o advogado José Paulo Schneider, responsável pela defesa de Gisele, que apresentou a versão da mãe. 1 – Semelhança das mortes Um dos pontos levantados pela acusação é o fato de as vítimas terem morrido de forma idêntica, em um curto espaço de tempo, tendo ambas sido encontradas sem vida e urinadas na cama, com sangramento e hemorragia, mortas por asfixia. No caso de Manuela, o pai relatou à polícia que saiu para trabalhar no início da manhã e que, menos de uma hora depois, recebeu ligação de Gisele, dizendo “A Manu morreu”. Michel contou que foi até a casa e encontrou a filha deitada na cama, com a boca e mãos roxas, sangue no nariz e espuma na boca. Então, pegou a menina no colo e levou até o hospital. Gisele disse ter percebido que a filha estava morta no momento em que levou uma mamadeira para ela. Narrou que sacudiu a criança e a menina não reagiu. A mãe disse que pouco antes “ouviu um gritinho” de Manu, mas que isso era normal, porque as irmãs costumavam brincar. A necropsia apontou a possibilidade de intoxicação por substância tóxica, tendo como causa do óbito a hemorragia pulmonar. No mesmo laudo, os peritos afirmam que “não foram encontradas lesões em mucosa labial que levasse ao diagnóstico de sufocação direta por obstrução de orifícios respiratórios”. Logo depois, ponderam, afirmando que “esses sinais podem não estar presentes quando a obstrução dos orifícios se dá por objeto macio ou por saco plástico envolvendo a cabeça”. “A única coisa que eu dei para elas foi amor”, diz pai de gêmeas que morreram em intervalo de oito dias Oito dias depois, em 15 de outubro, Antonia foi encontrada na cama pelo pai. Michel relatou que a mulher pediu que ele levasse uma mamadeira para a filha, por volta das 10h, e que neste momento encontrou a filha roxa, sem sinais vitais. O pai acionou os bombeiros, que levaram a menina até o hospital. A garota chegou à casa de saúde já morta, apresentando sangramento pela traqueia. No caso de Manuela, a perícia não conseguiu estabelecer a causa da morte, sendo considerada indeterminada. Os peritos concluem no laudo que “do mesmo modo como não é possível excluir que a morte tenha sido decorrente de uma causa natural que não deixou vestígios, também não é possível à presente perícia descartar a hipótese de uma causa de morte violenta, como por exemplo pela administração de substâncias não detectáveis nos exames laboratoriais realizados”. O que diz a defesa: “Desde o início, a investigação e o MP trataram as mortes como ocorridas em circunstâncias idênticas. No entanto, as necropsias demostram que isso não é verdade. A Manuela teve hemorragia pulmonar e parada cardiorrespiratória, não tendo sido localizado achados macroscópicos a indicar a real causa da hemorragia. Já em relação à Antonia a necropsia não identificou a causa, tendo descartado a hemorragia pulmonar. Em ambas não se descarta a morte natural por motivos indeterminados, bem como não se descarta eventual morte por envenenamento ou intoxicação. Porém, tanto nas necropsias como nos laudos do IGP, foram testadas mais de 350 substâncias e nada foi localizado no material genético das meninas. Logo, não é verdade que as concordâncias das mortes sejam idênticas.” 2 – Última a estar com as filhas Jefferson Botega / Agencia RBS Casa onde a família vivia foi danificada após mortes. Jefferson Botega / Agencia RBS Outro aspecto enfatizado pela investigação e pela acusação é que Gisele teria sido a última pessoa a estar com as filhas, antes de serem encontradas mortas. No caso … Ler mais

Assim como Rudá em “Mania de Você”, relembre outros protagonistas que morreram nas novelas

Protagonistas de novela terminam felizes para sempre no último capítulo? Nem sempre. É claro que, na maioria das vezes, temos casais apaixonados, casamentos e nascimentos na reta final das tramas. Mas há autores que resolvem subverter a lógica e matar os personagens principais. É o que irá acontecer em Mania de Você. João Emanuel Carneiro atendeu aos apelos de parte do público, que chegou a criar um abaixo-assinado pedindo a morte de Rudá (Nicolas Prattes). O caiçara cairá numa armadilha de Molina (Rodrigo Lombardi) e deixará Viola (Gabz) “viúva”. Relembre outros casos em que protagonistas passaram desta para a melhor. Michele Vaz Pradella: Rudá, o personagem mais odiado de “Mania de Você”Michele Vaz Pradella: Rudá, o personagem mais odiado de “Mania de Você” “A Viagem” (1994) Globo / Divulgação Casal teve um reencontro emocionante “do outro lado” Globo / Divulgação Um dos grandes sucessos da teledramaturgia tratava de forma delicada um tema pesado como a morte. Ainda assim, foi difícil superar a passagem de Otávio (Antonio Fagundes) e Diná (Christiane Torloni). O médico partiu primeiro, deixando a amada inconsolável. Mas, pouco depois, ela foi encontrá-lo no pós-vida, e ambos ficaram cuidando de suas famílias, mesmo que apenas em espírito. Emocionante também foi quando dona Marocas (Yara Cortes, 1921-2002) reencontrou a filha do outro lado.   “Alma Gêmea” (2005) Márcio de Souza / TV Globo/Divulgação Nunca superamos esse final Márcio de Souza / TV Globo/Divulgação O trauma televisivo de muita gente certamente foi o final da história criada por Walcyr Carrasco. Rafael (Eduardo Moscovis) e Serena (Priscila Fantin) passaram a novela inteira sendo atormentados por Cristina (Flávia Alessandra). A vilã foi, literalmente, para o inferno, mas antes deu fim ao casal protagonista, que morreu abraçado. Por mais que a mensagem da novela fosse a existência de várias encarnações para as pessoas se reencontrarem, foi triste de assistir.   “Império” (2014) Paulo Belote / TV Globo/Divulgação O Comendador morreu duas vezes Paulo Belote / TV Globo/Divulgação Quem mandou se fingir de morto, José Alfredo (Alexandre Nero)? Depois de um plano mirabolante, com direito a fuga de dentro do caixão, o protagonista da trama de Aguinaldo Silva morreu mesmo no último capítulo. O comendador levou um tiro do próprio filho, José Pedro (Caio Blat), e, desta vez, faleceu de verdade. As viúvas, Marta (Lilia Cabral) e Ísis (Marina Ruy Barbosa), choraram juntas a perda do amado.   “Pantanal” (2022) TV Globo / Reprodução Zé Leôncio morreu e virou o Velho do Rio TV Globo / Reprodução Seguindo o desfecho da primeira versão, de 1990, o remake repetiu a morte do coronel José Leôncio no capítulo final. O personagem de Marcos Palmeira teve pouco tempo para aproveitar a lua de mel ao lado de Filó (Dira Paes), e se foi com o quadro do Velho do Rio (Osmar Prado), seu pai, nas mãos. Nas últimas cenas, o protagonista assumiu o posto de Velho do Rio, para continuar cuidando dos seus e da natureza ao redor.   “Renascer” (1993 e 2024) TV Globo / Reprodução Marcos Palmeira esteve presente nas duas cenas emocionantes TV Globo / Reprodução Marcos Palmeira gravou a mesma cena duas vezes, em um intervalo de 31 anos. Na primeira versão de Renascer, ele era João Pedro, filho caçula que pranteou o pai, José Inocêncio (Antonio Fagundes). Em 2024, a releitura trouxe Palmeira no papel de patriarca da família, e se despediu de João Pedro (Juan Paiva) em uma sequência de arrepiar.   “O Sétimo Guardião” (2019) TV Globo / Divulgação Gabriel levou um tiro e não resistiu TV Globo / Divulgação Quem esperava por um final feliz de Luz (Marina Ruy Barbosa) e Gabriel (Bruno Gagliasso), se decepcionou. Depois que Olavo (Tony Ramos) é morto por Valentina (Lilia Cabral), Laura (Yanna Lavigne) tenta se vingar da vilã, mas acaba atirando em Gabriel. Quebrando um tabu, a mocinha Luz ficou sozinha e empoderada no último capítulo, dirigindo uma fundação que levava o nome de seu amado.