Granja em Montenegro entra em período de vazio sanitário por 28 dias

Com a conclusão da desinfecção do estabelecimento comercial inicia a contagem do prazo a partir desta quinta-feira. A granja de reprodução avícola de Montenegro, com caso confirmado de gripe aviária, entrará em período de vazio sanitário a partir desta quinta-feira, dia 22/5. O processo de limpeza e desinfecção dos galpões, máquinas e outras estruturas e equipamentos da granja, que envolve escritório, almoxarifado, vestiários, lavanderia, foi finalizado na noite de quarta-feira, dia 21. As ações começaram com a confirmação do foco de gripe aviária, com o sacrifício das aves doentes restantes no dia 16 de maio, que ainda estavam na granja. Além do início da retirada da cama das aves e a destruição dos ovos que ainda permaneciam no local. “Este processo durou dois dias, e a partir daí iniciaram as lavagens dos aviários, dos ninhos, do galpão, cortinas, telas, todas as estruturas envolvidas na produção”, conta a médica veterinária Alessandra Krein, do Programa de Sanidade Avícola do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). O processo de limpeza iniciou no domingo (18/5) e seguiu até esta quarta-feira (21/5) com a desinfecção das instalações e equipamentos. “A limpeza é muito importante para que os agentes químicos atuem nas estruturas limpas com maior eficácia, porque a maioria dos desinfetantes não vai conseguir agir de forma eficaz sem esta limpeza prévia”, explica Alessandra. Neste processo, estiveram envolvidos entre seis e 12 funcionários da granja e empresa contratada, dependendo do dia, sob a supervisão de cinco servidores da Seapi e um do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). “O Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul fez todo o acompanhamento, desde o sacrifício das aves até hoje, com cinco servidores revezando neste processo, sendo que um deles fez o acompanhamento durante todo o tempo”, declara Alessandra. A partir da finalização da limpeza e desinfecção, a granja começa a contar o período de vazio sanitário, que dura 28 dias para o caso de influenza aviária, já que são estipulados dois períodos de incubação de 14 dias. Este período está definido no Plano Nacional de Contingência do Mapa.

Governo destaca capacidade de diálogo e contas em dia no 1º Seminário do Plano Rio Grande, em Porto Alegre

Vice-governador Gabriel Souza fez abertura de evento que marca um ano das enchentes de 2024, e realizado no Instituto Caldeira. O vice-governador Gabriel Souza salientou a importância do equilíbrio das contas públicas no contexto da reconstrução do Rio Grande do Sul um ano após as enchentes de 2024, e disse que “nunca mais devemos voltar àquele ponto de gastos acima da arrecadação”. As palavras foram ditas no 1º Seminário do Plano Rio Grande: Reconstrução e Resiliência para o Futuro do RS, realizado nesta quinta-feira no Instituto Caldeira, em Porto Alegre. Souza, também presidente do Conselho do Plano Rio Grande, fez a abertura do evento, substituindo de última hora o governador Eduardo Leite, junto ao secretário Estadual da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi. “Imaginem a incapacidade de resposta do Estado se não tivéssemos as contas em dia. É importante também dizer o quanto a governança do Plano Rio Grande é fundamental, porque ela não envolve não somente o governo do Estado, através de seus órgãos, mas também um comitê científico, que reúne mais de 40 especialistas em meteorologia, geologia, biologia, engenharia, que vão checar e avaliar cada um dos projetos importantes que o Estado tem levado adiante”, comentou ele. A intenção principal do plano, salientaram as autoridades, preparar o estado para futuros eventos climáticos extremos, com investimentos em radares, estações hidrometeorológicas, embarcações, aeronaves e equipamentos para resgate e apoio às populações em risco. O vice-governador destacou ainda não apenas a atuação do governo nos primeiros momentos do desastre, mas ainda “cada um dos cidadãos que colaborou para que pudéssemos ter condições de enfrentar a emergência”. Já Capeluppi também reforçou a capacidade de “diálogo e construção, independente de qual governo nós tenhamos”. “Nosso objetivo aqui hoje é trazer os principais atores da sociedade para que consigamos permanecer neste diálogo constante, para que a cultura da prevenção seja uma prioridade para todos os gaúchos”, disse o secretário da Reconstrução. Um ano após as inundações, o governo do Estado diz ter investido R$ 7,3 bilhões via Fundo do Plano Rio Grande, em diversas frentes de atuação. O seminário também conta com um total de cinco painéis, até o final desta tarde, com a presença de diversas autoridades. Entre eles, um deles destaca o papel da comunicação e da imprensa na consolidação do Plano Rio Grande, com a presença da gerente de Jornalismo do Correio do Povo, Mauren Xavier, demais jornalistas e do secretário de Comunicação do governo do Estado, Caio Tomazeli.

Sobe para 11 o número de mortes por dengue em Porto Alegre

Seis mortes ainda estão sendo investigadas e podem ser relacionadas à doença. Subiu para 11 o número de mortes por dengue em Porto Alegre. Conforme a Prefeitura, os dois últimos óbitos confirmados por conta da doença, ocorreram com homens, de 84 e 72 anos, ambos com comorbidades. As mortes aconteceram em 2 de maio e 12 de maio, datas das semanas epidemiológicas 18 e 20 do ano. O início de sintomas ocorreu em 28 de abril e 5 de maio, respectivamente. Em 2025, até o momento, são 23 investigações de óbitos abertas na vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde de Porto Alegre, tendo 11 confirmações. Seis óbitos decorreram de outras causas. Seis investigações estão em andamento na Diretoria de Vigilância em Saúde. Dados: Óbito 10 – 2/5 – Homem, 84 anos, com comorbidades; Óbito 11- 12/5 – Homem, 72 anos, com comorbidades. 8 mil casos confirmados Porto Alegre tem 8.076 casos confirmados de dengue, com nove óbitos registrados devido à doença, e dois casos importados confirmados de chikungunya até 17 de maio. A dengue continua sendo a arbovirose com maior importância epidemiológica no momento na Capital.

INSS: novas regras vão dar mais proteção a dados de segurados

O Ministério da Previdência Social implementou, nesta quarta-feira (21), novas regras para a gestão e proteção de dados pessoais sob a guarda dos órgãos, unidades e autarquias vinculadas à pasta. Instituída por meio da Portaria nº 1.157, a Política de Segurança da Informação estabelece princípios, diretrizes, responsabilidades e competências a serem observadas por servidores públicos, empregados, prestadores de serviço e demais pessoas autorizadas a acessar dados gerados, custodiados, manipulados, utilizados ou armazenados no âmbito do ministério e de seus órgãos. O estabelecimento da política ocorre em meio às investigações acerca de esquemas fraudulentos que lesaram milhões de beneficiários da Previdência Social em todo o país, por meio de descontos em folha, não autorizados, relativos a mensalidades associativas e créditos consignados que beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) afirmam não ter contratado. As fraudes nos benefícios pagos pelo INSS – uma autarquia subordinada ao Ministério da Previdência Social – dependem, em grande parte, do acesso indevido ou da manipulação de informações oficiais sobre os beneficiários, como dados dos segurados, históricos de contribuição, entre outros “ativos de informação”. A Política de Segurança da Informação busca, justamente, tornar o acesso a esses dados mais rigoroso e seletivo. Riscos Cibernéticos Segundo o texto da portaria assinada pelo ministro Wolney Queiroz, as novas regras buscam “proteger ativos de informação e conhecimentos gerados ou recebidos” e “contribuir para a gestão eficiente dos riscos cibernéticos e operacionais, limitando-os a níveis aceitáveis”. A nova política ministerial também deverá nortear a elaboração de futuras normas ministeriais que tratem da segurança da informação, com base nos princípios de disponibilidade, integridade, confidencialidade, autenticidade e rastreabilidade. A política integra o Sistema de Gestão de Segurança da Informação ministerial, que contempla os seguintes aspectos e processos: tratamento da informação; segurança física e do ambiente; gestão de incidentes em segurança da informação; gestão de ativos; gestão do uso dos recursos operacionais e de comunicações (e-mail, acesso à internet, mídias sociais e computação em nuvem); controles de acesso; gestão de riscos; gestão de continuidade e auditoria e conformidade. O texto da portaria também estabelece que “toda e qualquer informação gerada, custodiada, manipulada, utilizada ou armazenada” pelo ministério e por seus órgãos “compõe o rol de ativos de informação” a ser protegida. Para isso, os usuários do Sistema de Gestão de Segurança da Informação, bem como os dispositivos automatizados, possuam apenas as permissões de acesso necessárias ao desempenho de suas funções, com o uso de múltiplos métodos de verificação para acesso que deverão ser periodicamente auditados e revisados. Além disso, caso o usuário mude de função, seu acesso deverá ser imediatamente revogado. Em conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), o ministério se compromete a coletar apenas os dados pessoais necessários para o desempenho de suas competências e, sempre que possível, com o consentimento dos titulares dos dados. A pasta e seus órgãos também implementarão medidas técnicas e administrativas para proteger os dados pessoais contra acessos não autorizados e incidentes, assegurando que sejam usados exclusivamente para os fins para os quais foram coletados. Prevenção Uma segunda portaria do Ministério da Previdência Social publicada, hoje, no Diário Oficial da União, institui a Equipe de Prevenção, Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos. Compete ao grupo facilitar, coordenar e executar as atividades de prevenção, tratamento e resposta a incidentes cibernéticos no âmbito do Ministério da Previdência Social e promover a cooperação com outras equipes, incluindo a participação em fóruns e redes relativas à segurança da informação. A equipe será formada por três integrantes da Coordenação de Tecnologia da Informação da Secretaria-Executiva do Ministério da Previdência Social e seus respectivos substitutos, que desempenharão atividades relacionadas ao tratamento e resposta a incidentes em redes computacionais.

“Não há preconceito em relação ao EAD”, afirma o ministro da Educação

O ministro da Educação, Camilo Santana, rebateu as críticas de que o governo agiu com preconceito ao editar o decreto que restringe cursos superiores na modalidade ensino à distância (EAD). A nova regra prevê que os cursos de medicina, direito, odontologia, enfermagem e psicologia devem ser ofertados exclusivamente no formato presencial. “Não há preconceito algum. Ao contrário, se tem um governo que está olhando para as questões da tecnologia somos nós. Inclusive discutindo inteligência artificial nas bases nacionais curriculares”, disse. “Não acredito que o povo brasileiro queira ser atendido por um enfermeiro formado 100% à distância neste País”, afirmou. “Os dados do censo escolar são claros: houve um crescimento do ensino à distância no Brasil de forma que ele já ultrapassou significativamente o ensino presencial. E não existe nenhuma política, nada que garanta, de forma clara, o funcionamento do ensino à distância”, explicou. Durante audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Camilo lembrou que o redesenho dos cursos de EAD chegou a ser discutido com os setores envolvidos. “Foram meses de discussão, inclusive, com uma audiência pública nesta Casa. Nesta comissão. Nada foi feito sem dialogar”. “O que estamos colocando são regras claras para garantir a qualidade. Estamos protegendo a população, garantindo que os polos não sejam polos de fachada, que tenham infraestrutura concreta, com laboratórios, com professores, com pessoas para garantir o acompanhamento. É isso que estamos querendo”, acrescentou. Entenda Os cursos superiores de medicina, direito, odontologia, enfermagem e psicologia devem ser ofertados exclusivamente no formato presencial, segundo a nova regra. A medida, determinada pelo decreto da Nova Política de Educação a Distância, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda-feira (19), determina ainda que os demais cursos de saúde e licenciaturas devem ser ofertados nos formatos presencial ou semipresencial (híbrido). De acordo com o Ministério da Educação, o foco do novo marco regulatório é “o estudante e a valorização dos professores: a garantia de infraestrutura nos polos, a qualificação do corpo docente, a valorização da interação e mediação para uma formação rica e integral, independentemente da distância física”. As instituições de ensino superior terão 2 anos de transição para adaptação gradual dos cursos.

Após CPI das bets, Virginia Fonseca decide lançar franquia de academias

A influenciadora e empresária Virginia Fonseca, de 26 anos de idade, contou uma novidade profissional aos seus quase 53 milhões de seguidores que acompanham suas publicações no Instagram, uma semana depois de depor na CPI das Bets. Nesta terça-feira (20), ela foi questionada por um internauta se vai lançar franquia de academias e confirmou o investimento. “Se Thiago falou na live, quem sou eu pra guardar segredo, né? Siiiiiim! No mês de junho, vou mostrar um pouco mais da academia pra vocês”, escreveu Virginia, sem dar maiores detalhes da nova empreitada. CPI das Bets No último dia 13, Virginia depôs na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga o mercado de apostas online, conhecida como CPI das Bets. No depoimento, ela falou, por exemplo, sobre o contrato.

Banco Central diz que enchentes tiveram impacto apenas de curto prazo em índice econômico do Rio Grande do Sul em 2024

As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul entre abril e maio de 2024 causaram impactos de curto prazo na inflação do Estado, mas esses efeitos foram quase totalmente devolvidos já em junho. Além disso, os preços na região subiram menos do que no restante do Brasil entre maio e dezembro. A conclusão é de um box do Boletim Regional do Banco Central, publicado antecipadamente nesta quarta-feira (21). Segundo o estudo, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) da Região Metropolitana de Porto Alegre foi 0,41 ponto porcentual maior do que a inflação nacional em maio. No entanto, a taxa regional ficou 0,35 ponto abaixo da brasileira em junho. No acumulado de maio a dezembro, a alta de preços na Capital gaúcha foi 0,6 ponto menor do que a do agregado do país, destaca a autarquia. Os preços de alimentos, que subiram com força logo após as enchentes, também passaram a avançar com menor intensidade no restante do ano, inclusive com deflação entre julho e setembro. O arroz, que sofreu impactos por atraso de distribuição após as enchentes, caiu no segundo semestre, beneficiado pela normalização da logística e pelas perspectivas de uma safra forte em 2025. Os preços de bens industriais caíram já em maio, com comportamento heterogêneo: alta mais forte em itens como artigos de limpeza, e variações mais modestas em veículos novos e artigos de residência, por exemplo. No restante do ano, esse comportamento se inverteu, com queda nos preços do primeiro grupo e alta mais forte no segundo. O mesmo ocorreu nos preços de serviços, com queda na demanda por restaurantes, academias e estacionamentos logo após a enchente, ocasionando uma variação mais modesta nos preços. Com a recuperação do RS, os preços de serviços passaram a crescer um pouco mais rápido do que no restante do País no acumulado entre maio e dezembro.

Obras do acesso asfáltico a Garruchos beneficiam agricultura no Noroeste do Rio Grande do Sul

No Noroeste do Estado, em Garruchos, um sonho antigo da população começa a tomar forma: a pavimentação dos 58 quilômetros da ERS-176 que ligam a cidade à BRS-285, em Santo Antônio das Missões. Com os trabalhos em andamento, a comunidade já projeta o desenvolvimento da economia local, com destaque para a produção agropecuária. A ligação asfáltica foi dividida em dois segmentos. Atualmente, o lote 2 – que abrange 27 quilômetros a partir da BRS-285 – está em execução, com foco na terraplenagem e drenagem. O projeto é executado pelo Daer (Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem), vinculado à Selt (Secretaria de Logística e Transportes). Para esta etapa, estão sendo investidos mais de R$ 50 milhões do Tesouro do Estado. O titular da Selt, Juvir Costella, disse que a obra é um marco na qualificação da infraestrutura rodoviária. “Com a gestão eficiente dos recursos públicos, estamos garantindo o acesso asfaltado para Garruchos, uma reivindicação antiga que muitos consideravam impossível sair do papel”, ressaltou. “Essa iniciativa reforça o nosso compromisso de interligar todas as comunidades do interior com rodovias pavimentadas, o que proporciona não apenas um avanço na economia, mas também um ganho gigantesco para o bem-estar dos cidadãos”, destacou o secretário. O diretor-geral do Daer, Luciano Faustino, afirmou que as obras avançarão nos próximos meses. “Seguimos acompanhando os serviços para assegurar que cada etapa seja cumprida com a qualidade esperada”, reforçou. “Da mesma forma, estamos tratando de todos os detalhes técnicos para darmos início ao lote 1 e, assim, contarmos com mais frentes de trabalho em atividade na rodovia.” Impacto na comunidade local Em Garruchos, o otimismo é visível no rosto dos moradores. O agricultor Everton Fabrin contou que a produção de grãos já colhe os bons resultados. “O acesso reduz os custos de frete e deixa tudo mais rápido. Antes, o caminhão carregado demorava 1h30 para sair daqui da propriedade e chegar ao asfalto. Só com o início das obras, esse tempo já diminuiu”, comparou. Acessos asfálticos no RS O acesso a Garruchos está entre as 19 ligações asfálticas com obras em andamento na malha rodoviária estadual. Desde 2019, outras 24 já foram entregues à população. O governo do Estado está prestes a iniciar mais oito acessos. Os 11 restantes estão em fase de atualização de projeto. As obras em Garruchos são destaque na série especial sobre os acessos asfálticos em execução no Rio Grande do Sul.

Regulação das redes sociais e de aplicativos: uma necessidade para a proteção da infância

Estive numa palestra para o FONAJUP, o fórum de juízes que atuam em justiça protetiva nas Varas da Infância de todo o Brasil, em Belo Horizonte. Conversamos sobre os grandes desafios da infância — em especial o impacto das telas e os danos que elas vêm causando a crianças e adolescentes. E sobre a necessidade imperiosa de protegê-los, como determina o Estatuto da Criança e do Adolescente: é dever da família, da sociedade e do Estado. Saímos dali com a perspectiva, proposta por Vanessa Cavalieri, da Vara da Infância do Rio, da redação de um documento desse coletivo de juízes em apoio ao PL 2.628/2022. Esse projeto de lei, que já foi aprovado no Senado e aguarda votação na Câmara dos Deputados, traz um início de regulamentação ao território mais perigoso hoje para crianças e adolescentes: as mídias sociais e aplicativos como Discord, YouTube, Telegram, WhatsApp, além de sites de pornografia, jogos online e plataformas de vídeo e bate-papo. Ambientes onde crianças navegam todos os dias — muitas vezes sozinhas, sem qualquer filtro ou proteção efetiva. Até hoje, não existe uma lei específica no Brasil que regulamente a atuação dessas empresas e plataformas digitais. O PL busca corrigir essa lacuna, garantindo que os direitos de crianças e adolescentes também sejam respeitados no ambiente online. O projeto propõe que as empresas digitais assumam responsabilidade ativa na proteção desse público. Isso inclui, por exemplo, proibir a publicidade dirigida a crianças, cuidar da sua privacidade, evitar conteúdos inapropriados e criar mecanismos acessíveis para denúncia de abusos e violações. É muito comum que crianças sejam bombardeadas por anúncios disfarçados dentro de vídeos, jogos e até por influenciadores mirins que promovem produtos sem nenhuma transparência. Essa publicidade invisível, que escapa ao olhar dos adultos, explora a vulnerabilidade infantil, já que crianças pequenas ainda não têm maturidade para distinguir conteúdo de propaganda. O PL busca colocar um freio nessa prática, estabelecendo limites claros. Outro ponto fundamental é evitar que crianças sejam expostas a conteúdos viciantes, violentos ou nocivos, o que hoje acontece rotineiramente — sem moderação, sem critérios e sem consequências para quem lucra com isso. O projeto exige que as plataformas avaliem o impacto de seus produtos e algoritmos sobre crianças e adolescentes. Isso significa pensar, desde a concepção dos serviços, em como eles podem afetar o bem-estar, o desenvolvimento e a saúde mental dos jovens usuários. A proposta também incentiva a formulação de políticas públicas com participação ativa de crianças e adolescentes. E reforça a importância da educação digital — para famílias, escolas e os próprios jovens. Refletir sobre temas como privacidade, bullying, consumismo, intolerância e vício em telas passou a ser essencial. Assim como entender o funcionamento dos algoritmos e desenvolver pensamento crítico para se proteger dos danos do ambiente digital. O Instituto Alana, referência na defesa dos direitos da infância, publicou uma nota técnica em apoio ao PL, reconhecendo seus avanços, mas também apontando lacunas importantes que precisam ser preenchidas. Uma das principais recomendações é que o texto trate de forma mais explícita e contundente crimes e violações graves (por exemplo: abuso e exploração sexual, aliciamento por redes criminosas, incitação ao suicídio, neonazismo, misoginia e chantagens sexuais). O projeto menciona a proteção contra conteúdos ilegais e danosos, mas ainda de maneira genérica. Precisamos que sejam estabelecidas obrigações claras para que as plataformas atuem proativamente na detecção e remoção desse tipo de conteúdo – sob pena de serem responsabilizadas pela prática desses crimes. Outro ponto levantado pela nota técnica é a verificação etária. Hoje, a maioria das plataformas sequer tenta saber se quem está do outro lado é uma criança. Ou melhor, sabem, mas permitem veladamente a entrada de crianças, contra seus próprios termos de uso. O PL trata do tema, mas sem detalhamento. O Instituto recomenda que a verificação de idade seja obrigatória — feita com métodos eficazes, éticos e que não exponham dados sensíveis — e que venha acompanhada de outras medidas, como design apropriado, moderação ativa e transparência sobre o funcionamento dos sistemas. As crianças de hoje crescem em um mundo em que a tecnologia é parte do dia a dia. Isso não vai mudar, e sim aumentar cada vez mais. O que precisamos é garantir que esse ambiente seja mais humano, mais seguro e mais justo para elas. A aprovação do PL 2.628/22 é um passo importante nessa direção. Não se deixe enganar: não se trata de censura. É cuidado, responsabilidade e compromisso com o que temos de mais precioso. Se puder, apoie fazendo contato com seu deputado ou participando de abaixo assinados e manifestos sobre essa questão. A infância agradece.

Mega-Sena pode pagar R$ 100 milhões nesta terça-feira

O concurso 2.865 da Mega-Sena pode pagar R$ 100 milhões nesta terça-feira (20), segundo a Caixa Econômica Federal. O sorteio ocorre às 20h, em São Paulo. As apostas podem ser feitas até as 19h nas agências lotéricas ou pela internet. O bilhete mínimo, com seis números, custa R$ 5. Se um apostador faturar o prêmio principal sozinho e aplicar o dinheiro na poupança, receberá cerca de R$ 600 mil em rendimentos no primeiro mês. O último concurso da Mega-Sena, realizado na noite de sábado (17) na capital paulista, não teve ganhador. Os números sorteados foram: 05, 06, 15, 17, 31 e 53.