Lideranças defendem curso de medicina em São Jerônimo e formação de profissionais qualificados

O prefeito Julio Prates Cunha esteve em Brasília e entregou no MEC um ofício solicitando celeridade na tramitação da portaria de autorização definitiva do curso

Lideranças regionais se reuniram na sede da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), nesta semana, para defender a continuidade do curso de Medicina da Ulbra, na cidade de São Jerônimo. Entre os temas tratados no encontro está a necessidade de acelerar a tramitação, no âmbito do Ministério da Educação (MEC), da portaria de autorização do curso.

Na última semana, o prefeito de São Jerônimo, Julio Prates Cunha (Julião) esteve em Brasília e entregou no Ministério um ofício assinado por todos os prefeitos integrantes da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (ASMURC), solicitando celeridade na tramitação da portaria de autorização definitiva do curso. “Estamos fazendo um apelo ao Governo Federal para que atenda ao nosso pedido, nós queremos transformar a saúde da nossa cidade e região”, enfatizou Julião.

Conforme o reitor da Ulbra no RS, Adriano Chiarani, essa mobilização das lideranças regionais é importante, pois faz com que a sociedade veja a importância de fortalecer o conhecimento e formar profissionais qualificados no município. “Esse é um movimento importante em que a comunidade da região carbonífera se mobiliza em prol do curso de Medicina, que já é uma realidade em São Jerônimo e está com a sua segunda turma. O foco principal é fazer com que a sociedade veja que esse curso tem uma importância significativa para a comunidade”, ressalta Chiarani.

O município de São Jerônimo enfrenta um significativo déficit de profissionais médicos, sobretudo em algumas especialidades, dificultando o atendimento adequado à população dos municípios. Para o diretor da Ulbra São Jerônimo, Rodrigo Baptista Moreira, o intuito é melhorar a condição de vida das pessoas e colaborar com o desenvolvimento local. “Mais de 50% dos nossos estudantes matriculados no curso são da Região Carbonífera. Isso é bastante significativo na perspectiva de manter os médicos na cidade depois de formados. O local é carente de médicos, essa é uma necessidade urgente”, destaca Moreira.

De acordo com o superintendente do Hospital Regional de São Jerônimo, João Batista, formar profissionais qualificados é uma vantagem econômica para o município. “Nós temos um hospital de 250 leitos, que atende o Sistema Único de Saúde. Hoje, nós temos mais de 150 mil habitantes, e uma dificuldade muito grande de conseguir profissionais. A maioria, quase 100% dos nossos profissionais, são da Região Metropolitana. Nós precisamos de mão de obra de São Jerônimo.”

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