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Por: Andrea Cantelli
No Mar Tem Mãe: O Dia de Iemanjá e a Celebração das Àguas
No dia 2 de fevereiro, as praias do Brasil se transformam em um santuário de fé e devoção a Iemanjá, mãe de todos os orixás. Mais do que uma data no calendário, é uma celebração de alma, onde flores, velas e cânticos se misturam ao som das ondas, criando um ambiente de pureza e respeito. A cada 2 de fevereiro, o mar se torna o ponto de conexão entre os devotos e a divindade, trazendo luz e esperança ao coração de todos.
Iemanjá, a grande mãe das águas, é a representação das forças femininas que carregam em si a ancestralidade, a proteção e a renovação. Ela não é uma figura distante, mas uma presença real e acolhedora, assim como o mar, que com seu fluxo constante, acalma e acolhe quem busca refúgio. Ao lançar flores e preces ao mar, os devotos entregam suas esperanças, medos e desejos, buscando a luz que a mãe das águas oferece com generosidade.
As velas flutuando nas águas tornam-se faróis de esperança, iluminando o caminho dos que pedem com humildade e fé. Em cada onda que quebra na areia, há a promessa de renovação, e a lembrança de que a vida é feita de ciclos – de altos e baixos – mas, no fim, sempre há a calma que segue a tempestade. As águas de Iemanjá, como o oceano, trazem uma luz interior, refletindo a conexão com o sagrado que nos envolve e transforma.
Neste 2 de fevereiro, ao nos voltarmos para o mar, não é apenas o culto a Iemanjá que está em jogo, mas a busca pela luz que ela traz aos corações dos devotos. Porque, no fim das contas, se precisar de colo, basta ir até o mar. Ele, sempre acolhedor, está lá, esperando por você, trazendo a luz que ilumina a jornada de todos que nele confiam.